A idade dos 3 anos (O que está acontecendo?)

Todas as vezes que escrevo sobre a idade dos 2 anos, várias mães comentam que os 3 são piores, para eu escrever sobre isso, então cá estou.

Parece demagogia o que escreverei mas não é: Nenhuma idade é pior ou melhor que a outra quando compreendemos o que está acontecendo e tentamos suprir as necessidades do desenvolvimento da criança.

Aos 3 anos, a maior parte das crianças ja compreende tudo ou quase tudo o que você diz e isso faz TODA A DIFERENÇA!

Ao contrário dos 2 anos, em que ela não sabe se expressar e fala muito a palavra “não”, agora ela sabe falar dezenas (ou centenas) de frases, argumenta sobre tudo e não quer seguir as suas orientações.

Qualquer conversa simples vira quase uma guerra e ela quer escolher o que comer (ou não comer), o que vestir, do que brincar etc.

Não por coincidência, aos 3 anos ocorre uma maturação significativa no cortex frontal (no cérebro da criança), fazendo com que ela consiga organizar melhor as frases, acesse mais o lado “racional”, ordene os objetivos e frases, começa a ter necessidade grande de convívio em grupo e já entende melhor que “o outro” existe.

Até então a criança vivia puramente centrada em seu “eu” e os pais eram o centro de seu mundo. Agora isso começa a mudar…sinto muito dizer que para sempre! Ela quer e precisa de mais pessoas.

A criança de 3 anos precisa minimamente de respostas, o que você quer e por qual razão. Apesar disso, nada de discursos longos ainda.

Nesse momento ela entrou na fase da imaginação, cria muito, sonha, inventa, adora personagens, bonecos e bonecas.

E olha…ela acredita mesmo nas histórias que cria, não necessariamente são mentiras.

Certo mas o que preciso fazer para as coisas serem mais pacíficas?

-Entenda e propicie convívio com outras crianças ( estou falando de maneira geral, não entrando no mérito da pandemia );

-Quando pedir algo, explique o que quer e por qual motivo (sem aprofundamento, o primeiro porque resolve e satisfaz essa idade);

-Pergunte a opinião dela, o que ela prefere. Ouça e se possível, leve o seu gosto em consideração.

-Se a criança gritar muito, chorar e não ceder, Aguarde o ataque de raiva passar e depois você explique o que deve ser feito/ou não e o porquê.

-Explique que em tudo pode ser como ela quer mas que ela pode sim SEMPRE falar o que sente pois você vai ouvir e levar em consideração.

Como eu disse lá no início do texto: Isso faz toda a diferença!

Tábitha Leão Laurino Medeiros